quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Gibi e Geografia

O ano está chegando ao fim, mas os professores ainda estão trabalhando a todo o vapor. Um exemplo é o trabalho que está sendo feito pelo professor Rogério, de Geografia, na Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado. Ele está produzindo, junto com os alunos, HQs com conteúdo de Geografia. O professor deu aos alunos a opção de desenharem suas HQs ou utilizarem a técnica de colagem.
A colagem é muito legal e não desvaloriza o trabalho, porque o importante neste caso não é a capacidade de desenhar, mas montar a HQ, com seus elementos característicos e conseguindo passar a mensagem pedida pelo professor. O trabalho está muito bonito, tanto que o professor irá premiar as três melhores HQs de seus alunos.

Aliás, parece que a Gibiteca têm influenciado positivamente os nossos professores, que este ano trabalharam muito com HQs em atividades, notadamente os professores das séries iniciais. Acredito que o fato de termos promovido o Seminário, em maio tem sido fundamental para estimular e valorizar este trabalho, mostrando que ele pode ser muito importante no processo de ensino-aprendizagem, e que HQs são coisas sérias, sim. Infelizmente eles ainda estão muito tímidos e não costumam divulgar abertamente o que fazer, mas pela exposição de trabalhos de fim de ano, dá para perceber que os temas ligados direta ou indiretamente às HQs estão em alta.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Universidade lança história em quadrinhos educativa

Pessoal, mais uma vez as HQs estã mostrando sua cara nas nossas Universidades. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o Programa Sentilena, de Londrina, no Paraná, estão elaboranado uma cartilha com historinhas em quadrinhos muito divertidas que ensinam como as crianças devem se defender de abusos sexuais, que deverá chegar nas escolas em 2008.A Cartilha do Centro de Referência de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência tem quatro histórias que envolvem os tipos mais comuns de abuso sexual (como aqueles que acontecem em ambiente familiar e aqueles praticados por adolescentes). A idéia é que, no ano que vem, a cartilha seja estudada nas 72 escolas municipais de Londrina. A notícia saiu no site do Plenarinho

Nos quadrinhos a educação sexual e o abuso não são exatamente novidades. O mangá Tsubomi, por exemplo, trabalha em cima da educação sexual e traz até informações de como escapar do assédio de tarados ou fugir de situações de perigo. No Japão a pedofilia é um problema sério, e a perseguição a crianças e adolescentes é constante.

O abuso sexual é uma das formas de violência doméstica contra crianças e adolescentes. Por abuso sexual entende-se toda situação em que um adulto se utiliza de uma criança ou adolescente para seu prazer sexual, podendo haver ou não contato físico. O abuso sexual intrafamiliar é a forma como se apresenta mais frequentemente. Ocorre em todos os países e em todas as classes sociais. Em sua maioria, é praticado por alguém que a criança conhece, confia e ama. Assim, o maior índice de abusadores é representado pelo pai, o padrasto, tio, avô, ou alguém íntimo da família. As crianças que mais sofrem abuso sexual são as do sexo feminino, mas os meninos também são frequentemente abusados. O abuso pode ocorrer durante anos, só cessando quando, as vezes já adulta, a vítima tem condições de se livrar daquela relação patológica, uma vez que o abusador age "sem violência", seduzindo e ameaçando a criança de forma velada. Mais informações sobre assunto pode ser obtidas no site do CECRIA

terça-feira, 20 de novembro de 2007

HQ fala sobre memória e escola

Esta notícia saiu no Bigorna e eu achei que seria legal repassar aqui. É sobre uma HQ que será utilizada na capacitação de professores - não gosto muito do termos capacitação, mas enfim. Uma iniciativa muito legal, até porque quebra um pouco aquele clichê de que só se faz Hqs para alunos, esquecendo que os professores também tem muito o que aprender.

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Em busca da Memória Escolar: nova HQ de Ed Sarro
Por
Humberto Yashima 20/11/2007

O cartunista Ed Sarro finalizou a HQ Em busca da Memória Escolar - Aventura 1, produzida para o Centro de Memória da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. O projeto, coordenado pela pesquisadora Iomar Zaia - que também roteirizou a HQ -, levou mais de um ano para ser concluído e será utilizado para a capacitação de professores de escolas públicas do Estado de São Paulo. A revista tem 28 páginas impressas em papel reciclado a quatro cores e será entregue aos professores juntamente com um jogo de tabuleiro. A HQ conta como uma professora é auxiliada por um ratinho inteligente a promover uma transformação na biblioteca da escola onde ela trabalha, tornando o local um centro de documentação e memória.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

HQ comemora a chegada de D. João ao Brasil

A antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, pesquisadora e professora da USP, lança este mês – no dia 28 de novembro – sua mais nova empreitada no mundo dos quadrinhos: Dom João Carioca A Corte Portuguesa no Brasil (1808-21), juntamente com o quadrinista Spacca. O álbum conta de forma bem humorada as peripécias de Dom João, enquanto ele esteve no Brasil, entre 1808 e 1821 e é mais uma entre as muitas manifestações referentes ao bicentenário da vinda da família real portuguesa, que se instala no Brasil para escapar de Napoleão Bonaparte. Segue o resumo oficial desta HQ:

“Há quem diga que d. João gostou tanto do Brasil que por aqui foi ficando. Mesmo depois que os franceses foram expulsos de Portugal, que aconteceu o Congresso de Viena, que a paz foi decretada e a guerra chegou ao fim, o príncipe português preferiu não voltar a ocupar o seu trono em Portugal. Na nova capital do Império, sediada no Rio de Janeiro, o príncipe regente reproduziu a pesada estrutura portuguesa, criou instituições e escolas, fundou jornais e o Banco do Brasil. Além do mais, encontrou um belo lugar para morar - a Quinta da Boa Vista -, onde ficava apartado da esposa, Carlota Joaquina, que vivia em Botafogo. Esqueceu da guerra, sarou da gota e aproveitou o clima e as frutas dos trópicos. Acomodou-se de tal maneira que virou um 'João carioca' - personagem popular de nossa história e cuja passagem pelo Brasil completa cem anos em 2008. Para lembrar dessa data especial, o cartunista Spacca e a historiadora Lilia Moritz Schwarcz narram a aventura da casa real que atravessa o oceano e pela primeira vez governa um império a partir de sua colônia americana. O livro reconta essa história usando a linguagem dos quadrinhos, elaborada com base em extensa pesquisa não só documental e historiográfica,como fielmente pautada na iconografia da época. A obra traz ainda uma bibliografia sobre o tema, uma cronologia que ajuda a entender os fatos no calor da hora e inclui uma galeria de esboços preliminares e estudos de personagens, cenários e vestimentas. D. João nunca foi tão brasileiro!”

Lilia Moritz Schwarcz já havia lançado outros dois álbuns sobre a História do Brasil, dos quais se destacam: Da Colônia ao Império – Um Brasil pra inglês ver e latifundiário nenhum botar defeito, realizado juntamente com o Miguel Paiva, e Cai o Império! – República Vou Ver!, produzido juntamente com Angeli - onde reconta de forma descontraída os principais episódios da História do Brasil do período que vai um período que vai do golpe da maioridade até a Proclamação da República.

Acho que vale a pena conferir este trabalho. Eu já li, e tenho na minha coleção, Cai o Império e posso atestar a qualidade do trabalho desta pesquisadora. Enfim, mais um bom material que pode em breve estar disponível nas gibitecas e bilbiotecas escolares.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Gibiteca no VII EDUCERE

Pessoal, entre pos dias 05 e 08 de novembro eu estive participando do VII EDUCERE: SABERES DOCENTES - Edição Internacional, na cidade de Curitiba (PR), promovido pela PUC/PR. Detalhes mesmo sobre o encontro, eu darei no meu outro blog, Brasil: história e ensino, em breve. No momento, vou me limitar a falar da minha modesta participação. Apresentei uma comunicação sobre a Gibiteca, que foi publicada nos anais eletrônicos. É muito bom ter a oportunidade de poder divulgar para outros educadores o trabalho que estamos fazendo aqui na E. M. Judith Lintz Guedes Machado, e muito mais gratificante saber que ele foi bem recebido. Não posso deixar de agradece á Secretaria Municipal de Educação, que nos forneceu a oportunidade de estar no encontro.

Bom, mas, indo direto ao que interessa, vou disponibilizar no blog algumas partes do meu texto. Caso alguém se interesse pelo texto completo, entre em contato comigo pelo e-mail da Gibiteca.

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A GIBITECA COMO FORMA DE INTEGRAÇÃO ESCOLAR

Criar a Gibiteca foi, antes de mais nada, um exercício de integração. Toda a escola se envolveu no projeto. Alunos, professores, direção, funcionários da limpeza, especialistas e funcionários técnico-administrativos. O processo de instalação da gibiteca durou cerca de um ano. Primeiro conseguimos o espaço físico, depois começamos a pedir e receber doações de HQ’s. As doações foram feitas por colecionadores particulares, professores, alunos, gibitecas[1] e editoras. Por época da inauguração, em 11 de maio de 2007, tínhamos um acervo aproximado de 1600 exemplares, em vários formatos e gêneros.

Mas não basta simplesmente criar o espaço na escola, é preciso também mostrar que ele é funcional e que pode ajudar no trabalho de todos os professores. Por esta razão organizamos o I Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino[2]. O Seminário foi organizado pela escola com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, tendo como público-alvo professores da educação infantil e do ensino fundamental. O objetivo era demonstrar que o uso das histórias em quadrinhos podia ser um caminho para o processo de ensino/aprendizagem e que elas poderiam ser usadas em todos os conteúdos, não sendo apenas prerrogativa das séries iniciais. O seminário atendeu a 230 professores das redes municipal de ensino de Leopoldina, pública e privada de Leopoldina..

A Gibiteca é um apoio para o professor que deseja diversificar as suas aulas. Ela não garante por si só o êxito do aluno, mas ela fornece a ele a possibilidade de ampliar seus horizontes e de desenvolver sua capacidade de ler. Por outro lado, ela também age diretamente na auto-estima dos professores. Eles passam a dar mais valor ao seu trabalho e a se sentirem também valorizados. O professor redescobre o prazer da leitura e, também, o prazer de ser um profissional do ensino, um educador.

O acervo diversificado permite que a gibiteca seja um grande laboratório de ensino/pesquisa. Possui HQ’s de vários gêneros (humor, suspense, históricas, ficção fantástica, etc.) e até raridades como o Gibi n. 01 e diversas HQ’s da EBAL, publicadas na década de 1970. Os alunos, principalmente as crianças dos anos iniciais, sentem-se atraídos pelo ambiente despojado e alegre da gibiteca, onde eles podem desenhar, deitar no tapete em meio a almofadas e transformar a leitura numa forma prazerosa de lazer. Para os adolescentes, ela se torna igualmente um lugar de descontração, principalmente para meninos e meninas que gostam de desenhar e usam o desenho como uma forma de expressão de seus sentimentos e suas idéias. As HQ’s estimulam esta habilidade e acabam transformando o desenhista em leitor.

A gibiteca age como um canalizador de sonhos. Ela transporta os leitores a um mundo de fantasia do qual ele estava até então alienado. Muitas de nossas crianças nunca tiveram em sua casa uma HQ. Entre os adultos que estudam no EJA (Educação para Jovens e Adultos) poder ler uma história em quadrinho na escola é muitas vezes vivenciar uma atividade da qual foram excluídos durante sua infância, seja por motivos econômicos, seja pela cultura familiar ou simplesmente por não saberem ler e escrever.

Em um artigo intitulado “Educar é fazer sonhar”[3] Francisco CARUSO e Maria Cristina Silveira de FREITAS afirmam que educar depende da capacidade de fazer o aluno sonhar e afirmam que despertar nele a criatividade é a melhor forma de prepará-lo para os desafios da vida, pois no mundo moderno ela é necessária para a sobrevivência. Atrevo-me a acrescentar que, além de fazer o aluno sonhar, é preciso fazer o professor sonhar junto com ele.
[1] A Gibiteca da USP, através do professor Waldomiro Vergueiro fez importantes doações para a Gibiteca Escolar, ainda no ano de 2006.
[2] O I Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino foi realizado no dia 18 de maio de 2007 e teve a participação dos professores: Waldomiro Vergueiro (USP), Octavio Aragão (UFES), Arthur Soffiat (UFF) e Valéria Fernandes (Colégio Militar de Brasília).
[3] CARUSO, Francisco, FREITAS, Maria Silveira de. Educar é fazer sonhar. Princípios, São Paulo, Vol. 83, p., 2006.

Fonte: NOGUEIRA, Natania. Gibiteca: ensino, criatividade e integração escolar. In: Anais do VII Congresso Nacional de Educação - EDUCERE - Saberes docentes. Curitiba: Champagnat, 2007, p. 174-186

domingo, 11 de novembro de 2007

Visitando a Gibiteca de Curitiba

Esta semana tive o prazer de poder conhecer à Gibiteca de Curitiba, que fica localizada no Centro Cultural Solar do Barão, Rua Carlos Cavalcanti, 533.

A Gibiteca de Curitiba foi inaugurada em 15 de outubro de 1982, numa das lojas da Galeria Schaffer, inaugurada um ano antes. A Gibiteca de Curitiba nasceu como local de leitura, com acervo básico de boas publicações, montado inicialmente com doações de editoras e colecionadores. Alí se estabeleceu um mecanismo de trocas com os interessados, de modo que a Gibiteca de Curitiba, além de montar seu próprio acervo passou a colaborar para coleções particulares de gibis. Em 1988 a Gibiteca de Curitiba foi deslocada para o Solar do Barão - Casa da Baronesa, espaço multicultural.

O Solar do Barão é a antiga residência do Barão do Serro Azul, Ildefonso Pereira Correia, que nasceu em Paranaguá, em 1849. Foi um visionário comerciante e exportador de erva-mate, além de presidente da Câmara Municipal de Curitiba, deputado e vice-presidente da Província. Recebeu o título de Barão do Serro Azul em 1888. Foi um dos fundadores da Impressora Paranaense e muito contribuiu para o desenvolvimento econômico e cultural do Paraná. Sua participação na Revolução Federalista de 1893 custou-lhe a vida. Em 1894, foi fuzilado no Km 65 da Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba pelos legalistas, junto com outros participantes da revolução. Ainda hoje ainda existe uma cruz que marca o local.

Além da gibiteca, o Solar abriga, também, o Museu da Fotografia, o Museu da Gravura, o Museu do Cartaz, o Centro de Pesquisa Guido Viaro, Sala Scabi, Sala Gilda Belczak, ateliês de xilogravura, litogravura e serigrafia.

O complexo do Solar, com cerca de 3.000m² de área, foi restaurado entre 1980 e 1983. Atualmente é vinculado à Fundação Cultural de Curitiba e possui três blocos: O bloco central, onde morou o Barão, a Casa da Baronesa e os anexos construídos pelo exército. Nas instalações do Solar são realizados cursos de arte e ensaios da Camerata Anticqua, da Orquestra de Harmônicas e do Coral de Curitiba.

Foi muito legal poder visitar a exposição comemorativa dos 25 anos da Gibiteca, com amostras de hqs raras, além de cartuns, chardes e hqs nacionais, como Gralha. Havia também uma exposição de desenhos de Joe Bennett, brasileiro que atua nos Estados Unidos, desenhando personagens famosos, como Batman, Superman e Capitão América. Além disto, estar na primeira gibiteca do Brasil é por si só uma grande emoção.

O lugar é muito legal, não é muito amplo, mas bem organizado. As hqs estão dispostas em ordem alfabética e de acordo com o gênero. Há um espaço só para oficinas. As hqs não são emprestadas, mas ficam a disposição do público para serem lidas durante o horário de funcionamento da Gibiteca (Horário de funcionamento: segunda à sexta: 9h às 12h; 14h às 19h e aos sábados das 14h às 19h). Foi realmente um experiência muito legal, pois eu pude comparar a nossa experiência na escola com a deles.

Para quem mora em Curitiba, ou pretende viajar para lá, fica ai a dica. O Solar do Barão fica próximo ao Passeio Público, assim, após a visita a sugestão é caminhar um pouco entre aves raras e muito verde.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Gibiteca no Fest Comix

Pois é, a Gibiteca está indo longe. Neste fim de semana prolongado houve o Fest Comix, no Colégio São Luis, em São Paulo. Pois bem, eu estava lá, fazendo umas comprinhas para a Gibiteca. Estou viajando a serviço (aguardem mais informações em uma próxima postagem) e aproveitei minha passagem por São Paulo para comprar alguns gibis para nosso acervo. Quem tiver oportunidade de ir a um Fest Comix, não perca. É tudo de bom. Muita gente animada, amantes dos quadrinhos, pais com seus filhos saindo lotados de sacolas de gibis. Imperdível.

Havia tantas opções que dava para enlouquecer. De hqs usadas a novas, álbuns luxuosos, como os do Príncipe Valente, especial do Fantasma, da Luluzinha além de obras dedicadas ao estudo dos quadrinhos, como o livro em homenagem ao Tico-Tico. Não havia como entrar lá e sair de mãos vazias. É tudo de bom. Muita gente animada, amantes dos quadrinhos, pais com seus filhos saindo lotados de sacolas de gibis. Imperdível.


Mas vamos logo ao que interessa: as compras. Para a alegria dos meninos da escola eu achei a um preço excelente vários exemplares de mangás, como Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball (duas séries que são cobradíssimas na gibiteca). Sobre este último título, DJ Carvalho faz uma análise muito legal no seu livro "A educação está no Gibi", de como utilizá-lo nas salas de aula. Além dos mangás, pude adquirir, também várias hqs (formatinho), usadas, para aumentar nosso acervo da DC.

O saldo não poderia ser mais positivo: 82 (oitenta e duas) hqs para nosso acervo. A verba para esta compra generosa veio dos professores da escola. Cada um contribuiu com um pouquinho e, no final tinhamos 65 reais, todos convertidos em hqs para os alunos. Melhor do que a doação é saber que nossos colegas estão realmente comprometidos com a Gibiteca. Meu obrigada a todos.