domingo, 12 de julho de 2009

Mais sobre a HQ que aborda a Revolução Constitucionalista de 1932

A história é a mesma, mas as imagens da Revolução Constitucionalista de 1932 ganharam novos contornos na obra do cartunista Maurício Pestana, que será lançada hoje, na Capital. “Revolução Constitucionalista de 1932 em quadrinhos”, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, busca levar ao conhecimento do público infanto-juvenil, com uma narrativa leve e ilustrada, o fato histórico comemorado no feriado de 9 de julho, que representou o maior conflito armado civil do século 20 no Brasil.

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um conflito armado entre uma frente de civis paulistas e o governo provisório de Getúlio Vargas, empossado dois anos antes, e a favor da promulgação de uma nova constituição e da redemocratização do Brasil. A Constituição de 1891 havia sido suspensa em 1930, com o fim da república Café com Leite. Vargas assumiu a presidência sob aprovação dos opositores do sistema político oligárquico, com a promessa de fazer uma nova constituição.

Mas, em movimento contrário, ele passou a tomar medidas autoritárias. A revolução durou quase três meses e as tropas do governo saíram vitoriosas, mas os propósitos dos paulistas foram alcançados com a convocação, no ano seguinte ao conflito, da Assembléia Constituinte que deu origem à Constituição de 1934.

O álbum foi idealizado pela Imprensa Oficial e encomendado ao cartunista com o objetivo de contar às crianças sobre o movimento em defesa da democracia por meio de uma linguagem própria à infância. “A idéia foi utilizar os recursos visuais dos quadrinhos para fazer algo que mostre o que ocorreu em São Paulo, dentro do contexto da época, de forma menos estática e mais divertida do que nos livros escolares”, explicou o autor. Indicada para leitores de 9 anos ou mais, a obra serve como material didático e será utilizada pela rede estadual de ensino.

O enredo do livro começa em 1930, quando Getúlio Vargas chega ao poder após um longo período em que as oligarquias cafeeiras de São Paulo e Minas Gerais comandaram a política do País na chamada “República Café com Leite”. A publicação retrata cenas como as manifestações que reuniam milhares de civis e o alistamento de mulheres. Ao final, ilustrações que compõem a narrativa, são reproduzidas ao lado das fotografias. O álbum destaca a participação dos negros, que representavam um terço das tropas revolucionárias.

Fonte: http://www.jcnet.com.br/editorias/detalhe_geral.php?codigo=160601

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