quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Paim diz que trabalho de Maurício de Sousa faz crianças brasileiras aceitarem as diferenças


Durante as homenagens, nesta terça-feira (15), ao bicentenário de nascimento de Louis Braille, criador do sistema de leitura para cegos, o senador Paulo Paim (PT-AC) elogiou o trabalho do desenhista e quadrinista Maurício de Sousa, presente à comemoração. Conforme Paim, a leitura de seus quadrinhos tem possibilitado às crianças brasileiras aprenderem a lidar com as diferenças.

O senador esclareceu que essa parte de seu pronunciamento havia sido encomendada por seu assessor Luciano Ambrósio Campos, cego e que transita pelo Senado com um cão-guia, que teve como inspiração, segundo Paim, personagem de uma história em quadrinhos de Maurício de Sousa que é cega, usa óculos escuros e tem um cão-guia.

Paulo Paim pediu ao senador Mão Santa (PSC-PI), que presidia os trabalhos para que Luciano integrasse a Mesa da homenagem a Louis Braille, solicitação que foi imediatamente aceita.

O senador disse esperar que a Câmara aprove o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL75/2007 naquela Casa) em 2010. Paim elogiou o senador Flávio Arns (PSDB-PR), que foi relator da matéria no Senado, e que, segundo ele, tornou-se o "arquiteto" da proposta, tendo viajado pelo país em sua defesa.

Paim recordou também o selo Cantando a Diferença entregue a 348 prefeituras que apoiam ações de combate às diferenças, sejam elas de caráter religioso, de orientação sexual ou de preconceito contra negros, índios ou outras minorias.

Igualdade Racial

O senador também defendeu a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira (16). O parlamentar criticou a retirada, durante a tramitação da matéria na Câmara, de dispositivos relativos a cotas, à participação do negro na mídia, aos quilombolas e à mulher negra.

Paulo Paim recebeu apoio do líder do PDT, senador Osmar Dias (PR) e do senador Osvaldo Sobrinho (PTB-MT). Osmar Dias disse concordar não só com a votação, mas com o mérito da matéria e ambos prometeram apoio na votação na CCJ.

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