segunda-feira, 28 de março de 2011

Quadrinhos como poesia


Em geral, quando pensamos em histórias em quadrinhos, tomamos como parâmetro o romance ou a peça de teatro – nossa referência é a narrativa. Fernando Pessoa e outros Pessoas, de Fazzolari e Guazzelli, é obra que nega essa tradição. Ao transformar criações do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) em uma HQ, a dupla não tenta forçar uma narrativa. Em vez disso, propõe choques entre imagens, ou entre palavra e imagem, que constroem uma lírica análoga à de Pessoa, paralela a ela.

Para fazer isso, não foi necessária qualquer estrutura mirabolante. Fernando Pessoa e outros Pessoas tem três blocos principais, construídos sobre textos de três dos mais famosos entre as dezenas de heterônimos do poeta – Alfredo de Campos (Tabacaria), Bernardo Soares (Livro do desassossego) e Alberto Caeiro (O pastor amoroso). Abrindo o volume e entre os três blocos estão fragmentos menores do poeta (ou dos poetas, que sobre Pessoa sempre se deve falar no plural). É na maneira como essa estrutura chega a nós que repousa a singularidade do álbum.

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