sábado, 12 de novembro de 2011

Asterios Polyp: a planta baixa de todas as possibilidades dos quadrinhos

Carol Almeida
De São Paulo

A cinematografia e o tempo de novela gráfica está lá em Will Eisner, o uso dos balões como elemento gráfico de discurso você encontra em Quino e todas as possibilidades geométricas, sequenciais e mesmo interativas deste livro se acham nas premissas da trilogia de Scott McCloud sobre a arte de pensar e desenhar quadrinhos nos anos pós-internet. Até mesmo sua intensa provocação de questões da dualidade do ser humano podem ser achadas mais explicitamente em HQs autobiográficas como Fun Home, de Alison Bechdel. Mas existe algo em Asterios Polyp que termina sendo extremamente original e gratificante quando se fala de histórias em quadrinhos.
E isso está no uso desse pleno domínio de todas as técnicas e referências citadas acima a serviço de uma boa história de amor, está no movimento contrário, a criação de uma boa história de amor à disposição da técnica e, principalmente (aí vem a vertigem): na construção de um discurso filosófico que só consegue existir graças a esse diálogo e fusão entre meio e mensagem.
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